Os ecos voam,
Carregam,
Marés de emoções,
De tenras memórias.
Que gaivotas planam,
Por mares navegáveis,
O reflexo de mim,
Sóis lhes dão asas,
Em vale de lençóis.
Ecos surdos,
Do eu que me preenche,
Serão mares ocos,
Se ao bater na rocha,
Não sentirem,
As emoções,
Que pulsam de mim.
Os ecos não voam, planam,
São surdos, não ocos,
Não me ouves, escuta,
Em ti penso,
Mergulhado em vale de lençóis.
O mar escuto,
Em ti penso,
Rocha não és,
Por ti pulsa o sangue em mim,
Em marés,
Chegas até mim,
Que sóis te levam daqui,
Dorme,
Sonha, o meu pensar em ti…