Descontínuos...


 
 
Dá trabalho o destino
Ao longo da eterna jornada
Cruzamo-nos com lagrimas amor
Que são de dor
Ensinam a valorizar a acreditar
Com o coração
O sentir com a alma
Na procura felicidade os momentos
Por vezes contínuos
Se o teu pior é amar-me…
 
 

Perdeu-se...


 
Perder-se o que se tem
Se nunca se teve o que se perdeu
Perdeu-se
Célere a noite pro dia
Vivemos a ilusão dos sonhos
 
Tempo que separa o agora do hoje
Perdeu-se
Labirintos brechas caminhos
Perdi-me na vida
Perdeu-se o tempo em que me perdi
Na ilusão dos sonhos pra vida…

Rasgos lucidez..



Na sombra dos silêncios
Sentires
Transcrevo a alma
 
Se em papel não escrevinho
Iam-se pensamentos
Tempo algum saberia o porquê
 
Palavras ganham vida
Retalhos de mim…
 

Amo-te...





Ouvi a tua voz escuridão
Semblante a ilusão
Não eras tu
Eram os ecos de mim
Chamava por ti
Era o nós que implorava
- Preciso de ti
Para que preenchas vazio
Que deixas em mim
Doí-me amar-te
Doí-me porque estou vivo…


Planta do amor...



Coração de lagrimas
É na dor que renasce
Destino de cinzas
Estimulam  
Eclode a planta um olhar
Paixão agora cresce
Caricias regador
Beijos água do desejo
Cumplicidade brota a flor
Cheia de cor
Fruto desconhecido
Ramo partido
Ciclos de desenvolvimento
Planta delicada
Amor
 
O que o amanhã nos dá
Sonhar zelar prazeres…
 

Esperança...



É vida que nasce do ato
 
O renascer que advém das cinzas
Que se ergue das lagrimas
 
É a chuva o sol
O outono a primavera
 
Sonhos do hoje o amanhã
 
É o derradeiro prenúncio da vida
Se a vida é o derradeiro presságio
Esperança…
 

Espero-te...



Tendo mar finito como horizonte
Espero-te
Para partilhar momento contigo
Melodia do oceano música
Ao ouvido de silêncios a espera
Espero-te
Pra juntos viajarmos até ao cabo
Onde o vento se faz sentir
Tormentas o receio de encalhar
Nesta viagem
Quero ser navio á deriva
Perdido sem porto para atracar
Tu teu corpo meu mar
Se é nele que almejo naufragar
Espero-te
Para juntos fazermos a viagem
Ao cabo conjugado verbo amar
Eu amo
Tu amas
Nós amamo-nos sob olhar luar…
 
 

Enigmas...



Não há enigmas
O meu mundo é o que sinto
Que me leva o sono
E me prende os pensamentos
As vezes
Quando viajo pelo meu mundo
Sinto-me livre
Sinto falta do meu silêncio…

Sem parede...



Encantos escondes
Por entre os vales montanhas
Límpida pura água do rio
Sob ponte romana
Por entre ruas estreitas
Vielas tabernas
Poesia nas esquinas quais flores
Em canteiro
Admiro
De papel é a vida
Arquivo memórias meus olhos
Sem pintor para te pintar
Com amor para te dar
Amo a brisa a paz
Amo a vida
Neste quadro que agora pinto
Tu, meu respirar…
 

Essência…



Queria noite de ontem
Porque te tinha
De hoje
Porque te amo
De amanhã
Porque será mais um dia
Te amar e abraçar…
 
 

Palavras do vento…



Porque agora é o momento
Sentir é hoje
Viver é o agora
Partilhar é o sempre
Sentir que agora padece
Incessantemente
Perde o brilho
Morrerá
Amanhã in significado.
 
O agora presente inacabado
É a magia da vida
Pintada de cor em palavras
Entrelaçadas de sentires tecidos
Em fios seda lembrados…

Incandescente…



Chama da paixão
Calam-se os lábios no beijo
Falam os corpos
A linguagem dos amantes
Unifica-se o sentir
Misturam-se fluidos em volúpia
Em deleite caídos
Apagam-se as luzes
Sem palavras levamos nós os olhos
Ao encontro um do outro
Aquele olhar
Permanece assim no infinito eterno
Do momento…
 

Amor...



Se existir um nós
Por vezes sinto-te longe
Por momentos sinto que te perdi
O mistério do será
Sentimento bonito este brota de nós
É de amor o fogo nos nossos olhos
Desejo incessante do teu corpo
Enlaçado no meu
Ter-te no meu aconchego
Olhar-te nos olhos
Te dizer
Amo…

Pecado original...



Existe uma razão
Uma explicação sem palavras
Olhar que muito diz
Um beijo o corpo pede
Nossa alma fica feliz
Assim nasce o desejo
De te ter perto de mim
Amar não é pecado
Sê-lo-ia sem cumplicidade
Te sentisse infeliz
Por ora dá-me um beijo
Sabe-se lá
Sonhemos nos leva até Paris…
 

Beleza do pecado...



Amar é pecado
Já dizia o diabo sentimento infernal
Amar é beleza
Já diziam os anjos harmonia celestial
Amar é entrega
Dizem os Homens partilha de um sentir
Partilhemos a beleza do pecado
Ora só um beijo
Me faz sonhar contigo em ténue volúpia
Beleza do pecado amar…
 

Saberei amar-te...



Sensível intensa corajosa decidida
Tuas incertezas quanto ao caminho a seguir
Tuas vontades sonhos anseios receios
As tuas dúvidas fantasias
Pragmática única
Apaixonei-me
Por vezes choro com o receio de te perder
Por vezes riu sorrisos de prazer
É um sentir de que gosto
A procura de uma razão para a vida
Encontrei-a meu viver
És a minha inspiração da manha tarde noite
Dos sonhos acordados
Fazemos do tempo momentos
Comigo te trago aconchego pra alma
O teu abraço
A partilha de uma noite fria de verão…
 

Existe amor!...



Até lhe podem chamar
Anseios
Ou devaneios
Ao amor
Feito de momentos eternos
Perfeitos imperfeitos
Bons ou sofridos
Cúmplice verdade de um olhar
Sente-se
Vive-se no dia-a-dia
Existe amor!
Não é irreal é concreto
Porque tu existes
Vou amar-te
Hoje amanhã pró resto da vida…
 

Ari...



É alma com vida
Rebelde
Com chama
Sem dó as palavras
Não há mágoa ou tristeza
Terra sem chão
Vive de incandescências
Amor
Vulcão
Pequeno é o seu corpo
De gente
Preenchido de mel o coração
Cara que é doce
Dente leão…
 

Lobo...



Será lobo
Cordeiro na pele homem
Aquele que gosta
A lua uiva
Porque o sentir no coração chora
Pensamentos
Coloridos de cores cinzentas
De um lugar escuro
Lavada a alma de um branco cinza
Tons de lua
Entregou a alma
A ela se vestiu de lobo
Esperança de ser homem
Que cordeiro é e se entrega
Branco puro
Sem apelo ao lobo
Pessoa amada…

Dança palavras...



Em harmonia dançam
Nuvens altas se estão a formar
Sem tempo para nova dança
Vento que as levas
Seu tempo melodia para as palavras
Por cá ficam
Esquecidas em quem é alguém
Esquecidas ficaram
Esquecidas lembradas
Sem som partilhadas
Deixei-as ao vento
E que vento sopra daqui
Não lhe dou o meu amor
Só um beijo em flor
Que o leve até ti na dança do luar…

Isto do amar...



Isto do amar
Sentimento jamais explicado
Assume-se de anjo
Beijos molhados lhe dão asas
Exclama o sentir
Leveza do corpo a querer partir
Corre nas veias
Ator principal no cenário da mente
Sacia o coração então carente
Troca-nos
Razão que exalta no querer viver
Outrora despido
Tempo  
Em crescendo se faz sentir
Irradia do ser pelo olhar
Xicara de café como que adrenalina
Erguem-se corpos uníssono,
Impregnados desejos ardentes
Respiramos nós
Amor…

Se, e só...



Preenches-me os pensamentos,
No escuro vazio da noite,
Deixo-me ficar,
Alimento-me de ritmos suaves,
Toca-me a musica, beijam-me os sons,
Abraça-me a melodia,
Tua pele, minha mente,
Prazer que me invade a corpo,
Liberta-me a alma,
Sinto-te,
Na chuva de lagrimas,
Na paixão que ao vento entreguei,
Foste flor, na arvore regada do amor,
És fruto que cresce,
Não fossem as saudades,
Se, e só,
Palavras fortes, caroço duro de roer,
Beijava-te,
Amávamo-nos assim, suavemente…
 

Jardim...



Esperava-te,
Do outro lado do janelão,
Embaciado, pela brisa da noite,
Despertei da insónia,
Serias tu mar a chamar por mim,
Ou tu lua a sorrir para mim,
Perfumes no ar,
Maresia nas flores, meu jardim,
Esfreguei o vidro,
Pela transparência te vi,
Retive o olhar,
Cor e fantasia, borboleta bailarina,
Sob a luz lunar,
Pétala a pétala, dança, 
Perfeita,  pousas com um suave beijo,
Preenches o meu jardim…
...
 

Talvez...



Porquê,
Não consigo explicar em palavras,
É…
Sim, é um todo,
Que dá origem ao sentir,
Sei que é bom, doce, meigo, carinhoso,
Sensação de leveza,
Que alcança a pureza,
Cumplicidade,
Um olhar, faz com que aconteça,
Me preencha,
Saudade, que me aconchega a alma,
Um sorriso, feliz,
Amor, talvez, talvez, talvez…

Viagem...



Faltam-me as palavras, na mente,
Quando comigo estas,
Sinto-te por completo, sinto o nós,
Silêncios te levam de mim,
Sente, não enganes o coração,
No vazio dos silêncios,
Sou quem sou,
Também a mim me assusta o sentir,
Questiono o coração,
Todos os dias, responde-me um sentir,
Crescendo um desejo em mim,  
Se agora não for o momento,
Será sempre hoje,
O contigo querer estar, ter, sentir,
Compreender,
Destinos,
Viagem a que chamam de amor…
 

Imperfeito...



Não eras tu, nos ecos do meu silêncio,
Alma desprendida, vazia,
Vagueava,
Com a porta meio aberta,
Entrou teu ser,
Devagar, sem antes pedir licença,
Olhei os teus olhos,
Foi brando o momento, suave o teu toque,
Beijei os teus lábios,
Perdi-me naquele momento,
Fragmentos de um sentir, que é crescente,
A alma traz,
O corpo sente, a suave chama da paixão,
Corpos quentes,
Afagam-se em deleite,
Foi perfeito, o agora imperfeito,
Não ouço a tua voz, não sinto o teu abraço,
Teu cheiro,
Teus lábios, silêncios de prazer,
Palavras, para calarem a minha voz…