O lado humano do amor....


Quero aprender a voar,
Voar até juntinho de ti.
Se for esse o meu destino.
Quero um mesmo sorrir,
Quero um mesmo sentir.
Alegria, tristeza, partilhar…
O doce do teu olhar.
Beijar as tuas lagrimas,
Beijar o teu ser.
Beijar o teu sentir.
Beijar o amor que sentes.
Partilhar o mesmo sentir.
Não deixar que as lagrimas,
Me sequem as palavras.
Posso beijar a tua lagrima,
Posso beijar o teu rosto,
Posso beijar a tua alma,
Posso…
O lado humano do amor...

Saudade.

A ironia da chuva...


Afinal o que é a chuva senão…
Pequenas partículas de água.
Água que se evapora dos oceanos,
Dos rios, dos lagos, de sítios molhados…
Que o vento leva para parte incerta,

A ironia da chuva…

A condensação que se forma nos céus,
Bem lá no alto, longe dos nossos olhares,
Processos que o próprio tempo gera,
Processos, que a todos nós, vida traz.
A lagrima triste, o tempo a irá levar,
A ironia da chuva a fará regressar,
Alegre, contente, mais uma lagrima.
Chove porque o tempo assim o quer,
A lagrima cai porque o tempo assim o quis.
É apenas água…
A ironia da chuva….
Processos simples, dão brilho as cores do arco iris.
Ironia, é….Sentir a vida como ciclos passados.
Uma lagrima de tristeza,
Uma lagrima de alegria,
Chuva da vida……………

Grãos de areia....



Carrego-vos nas mãos grãos de areia…
E por entre os dedos vos sinto cair,
Suavemente,
Como o tempo que passa devagar,
Esvanece-se e fico reduzido a nada.
O tempo passa, o tempo passa....
Um outro punhado de grãos de areia,
Que voltará a esvanecer-se suavemente.
Sinto, o meu tempo que passa,
Sinto, saudade do nosso tempo.
A cada grão de areia um novo sentir,
Em cada grão de areia um pouco de ti,
Sinto partir.
A cada novo grão de areia que se vai,
Em milhares o mar a rocha vai partir,
A cada novo grão de areia,
Sei, surgirá mais um pouco de ti.
Serei eu este mar que a rocha vai partir,
Serei eu este mar?....
Serei eu este mar?....

Chocolate....



Branco, preto, castanho….
Simplesmente viciante,
Em cada nova dentada, mais….
Sensação nostálgica, pura magia,
Sensação de bem-estar, alegria.
 O doce, o suave, as texturas,
O comer a belo prazer…
Este vício quero que fique em mim.
O querer e não te ter para trincar,
O comer e não sentir…
O doce suave do teu olhar.
A cada novo pedaço, o sorrir.
A cada novo pedaço, o sentir.
O comer a belo prazer…
Branco, preto, castanho…Viciante.
Vício que me corre nas veias,
Vício que quero sentir, é presente.
Este vício que me alimenta a alma.
Este vício,
É tão só um pedaço de ti….

Passagem...


Sensações de alegria,
Mar de tormentas.
As ondas que no mar se levantam,
Que ondas te levam, daqui…
A estranha sensação de te ver.
Sentir no rebentar da força das ondas.
Em cada nova onda, um olhar.
Em cada nova onda, um sorrir.
Em cada nova onda, um pedaço de ti.
Foi aqui que te pude abraçar,
Hoje és apenas presença no ar.
Este ar que respiro, é vida.
O cheiro a maresia é perfume,
Um pouco de ti ficou retido em mim.
Esta lagrima que o vento me trouxe,
É saudade….
Esta  lagrima que o vento me leva…
Da tua passagem, o teu doce sorrir.
Em ti ficou, um pouco de mim…

Je ne sais pas…..

A glass of wine, a cigar, and myself….Beautifull…
Que belo final de dia, pena é o sentimento nostálgico que impera no interior do meu ser. Porquê? Simplesmente porque sim. Estados de alma, de espirito levianos que nos levam a lugares onde não queremos estar. O cérebro navega, navega, navega, por pensamentos difusos, incoerentes, pensamentos vazios.

Inventar palavras, sentir a musica, sentir o nosso próprio ser, que extravasa para lá do infinito e se perde numa melancolia de emoções. Emoções…O querer sentir intensamente o nosso próprio ser, o próximo, sentir a brisa da rua, sentir só a belo prazer a melodia do mar.
Há dias assim, em que nos envolvemos em nós, no nosso ser, e nos embrulhamos de tal maneira, que não conseguimos ver para lá da profundeza do vazio. Vazio, mas afinal o que é o vazio num ser que pensa, raciocina, vive, sente, e tem a capacidade de se amar, de amar o seu próximo.

Pensamentos difusos, estes os meus pensamentos, uma noite soalheira, em que se faz sentir a brisa da rua nos meus próprios pensamentos e que os leva para lá do meu ser. Mas fica o ser. Fica o EU, a matéria de que sou feito, o ser que sou, com virtudes, defeitos, vontades próprias e com os meus pensamentos. Hoje difusos e perdidos no ar, no tempo, no espaço físico que é o meu ser.
A glass of wine, a cigar, and myself….New think…

O tempo corre, os pensamentos que outrora me levaram para além do meu próprio ser, fizeram-me regressar a mim mesmo… Como o tempo passa, segundo, minutos, horas, mas em escassos milésimos de segundos voltamos a nós. Um click, um simples som traz-me de volta á realidade que por breves instantes se esquivou de mim…
Agarrei novamente o eu, trouxe-me de volta a minha realidade, um sorriso, sentir a brisa, ouvir o mar, pequenas coisas, pequenos prazeres que por momentos esqueci.

A glass of wine, a cigar, and myself….Feel me, you, and enjoy life….

Cistus Tinto 2005

A incerteza do ser há primeira adversidade….

Simplesmente desistir com um fechar de portas descabido e sem fundamento. O ser pensa e repensa, mas volta a pensar no fundamento que o faz incerto.

De caracter elegante, suave ao paladar….

Repensando o ser, repensando o seu querer, quererá?….. Ou simplesmente pensa que quer, que ambiciona um determinado objetivo, mas sem de facto o ambicionar com unhas e dentes, sem lutar por ele, sem se estatelar ao comprido, antes da meta, os últimos metros, quase….

Pôr-se novamente de pé, tentar lá chegar, terá forças para os derradeiros metros, para chegar a meta que é o derradeiro obstáculo antes de alcançar o objetivo final. Terá força suficiente para sair do chão frio, molhado, a gravilha colada ao corpo suado, esfolado, ensanguentado, marcado pela dor do querer chegar, ao outrora ambicionado. Fim.

Aromas frutados, intensos, sentir……

Frida que dói, no caracter do nosso ser, é…. Perder a ambição do chegar ao fim, sem no entanto  superar as adversidades, a meta esta a vista, a multidão aplaude, mas o corpo dói, a queda aparatosa, levantar e acabar cheio de dor, ou simplesmente levantar, não chegar, porque a multidão ainda aplaude e perceberá que o corpo está ferido, cansado, dorido.

Ser que é ser, que ambiciona, que quer, que deseja, que tem a meta como derradeiro objetivo, levanta-se, acena, chega em último, mas chega ao fim. O esforça final, aqueles metros, são simplesmente metros, que viram centímetros, milímetros, que não significam nada quando o tão desejado objetivo é superado.

Grito de dor, grito de raiva, grito de…. Missão cumprida, objetivo alcançado, menção honrosa pelo último lugar, mas acima de tudo o grito pela liberdade que o nosso ser sente por ultrapassar a adversidade que o nosso próprio destino nos colocou.

Não há desafio sem adversidade, uma meta sem um extenso percurso a percorrer, objetivos inultrapassáveis, apenas um querer lá chegar. É o querer lá chegar que nos dá força para superar o que outrora nos era inimaginável, nos parecia impossível de alcançar. Como em  tudo na vida, para alcançar um objetivo, um fim,  haverá sempre um  começo. Doi, mas a recompensa......Compensa.

A lagrima escorre, a sua textura sente-se complexa no fim de boca…. Dou-me por feliz por o ter apreciado, recomendo e tenho pena que tenha acabado.