Nostálgia

O silencio só é silencio….
Chuva, o rebentar das ondas, o luar….
A nublina que se faz sentir….
Nada quero sentir, apreciar….
Cheio, meio cheio,  apenas meio….
Tinto para o jantar….
O que nos faz a nostalgia…..
Gritar, esperniar, chorar...
O querer nada,  ser e desaparecer….
Fechar os olhos, dormir…
Sem nada sentir, pensar, acordar…
Silencio…
A brisa no friso da porta..
O carro que vai a passar….
Ainda oiço o mar…
Livre de pensamentos, pensei….
Não posso pensar.
Será o vinho a pensar e eu a falar….
Fugir, correr, desaparacer….
Até onde o mar me levar…
Vazio, expressivo, sem sentido,…
Será este o meu olhar?…
Tudo isto é um sentir….
Nostalgico, este que é o meu silencio….
Silencio, só quero silencio,…
Oiço o meu proprio silencio!!!!
Acordar, despertar, um novo dia…

Ilusão....

Bate a onda em pedra dura,
Constantemente….
E a molda a seu belo prazer.
Numa luta desigual.
Imovél sente,
A violencia do seu rebentar.
Desintegrada…
Pedra redonda, limada,
Areia fina…
A ilusão do ser, quando chora
O sentir a lagrima,
Mesmo a chuva a correr,
Se desintegra a belo prazer…
Não tolda, não lima,
Só se sente a escorrer
A ilusão do ser.
É o proprio ser, na ilusão....
Do moldar a belo prazer.
Não é onda,  é gente
Não é rocha, mas sente….
Irremediávelmente,
A ilusão do querer ser…..

Serei onda ou gente?....
Serei rocha que sente....
Sei. Que ilusão não quero ser......

Mito ou ilusão

O ser humano é uma caixinha de supresas ....
Será mesmo essa caixinha? Mito ou ilusão?
Mito é a caixinha.....
Ilusão é tudo o que dela sai......
Porque é tudo o que queremos ver.

Destino

Acredito que todos temos um destino ou proposito. Seja ele qual for. Se somos vitimas desse nosso destino?
Independentemente de tudo o que a vida nos reserva, nos dá, ou....nos tira. Nós enquanto individuos somos responsáveis por 95% do que nos acontece, são as nossas acções que fazem com que assim seja. Os outros 5% acredito que seja o acaso, ou destino, ou......o que quer que seja que é superior a nós.

Somos vitimas de nós proprios? Do nosso saber, das nossas vontades, de tudo em que realmente pudemos influenciar o nosso próprio destino.
Não creio que sejamos vitimas, mas reféns desse nosso destino. Compete-nos a nós enquanto individuos, libertarmo-nos e não vitimizarmo-nos de qualquer que seja esse nosso destino.
Se as coisas acontecem é porque realmente têm de acontecer, se estava destinado? Estaria na medida em que fomos nós que o destinamos num qualquer momento da nossa vida.

Afinal de contas estamos vivos. Pensamos. Agimos. Reagimos. Sentimos. Sorrimos. A vida é tão curta para sermos vitimas do que quer que seja.

Temos é de lhe dar um sentido e esperar que o "destino" faça o resto.