Aguentamo-nos…



Porque as palavras não bastam
Onde não á força esta faz-se de esperança
Tombamos

Uma luta invulgar
Que se veste de um vermelho negro
E se despe
Nada para ver ou admirar

Aguentamo-nos 
Se esta é uma luta desigual
Ou tombamos á besta cruelmente fria
A que tudo lhe padece e não lhe parece mal…

Um obrigado sem palavras

O Amor...



O amor não se vende
Nem se encontra a cada esquina,
O amor aprende-se,
Vive-se, sente-se, o amor.
O amor gerasse com o tempo.
Apenas o tempo.
Estranha forma de conquista
O corpo alheio
Onde se perde o carinho, a sedução,
Prazer da conquistar
Exímio que é o tempo
No fazer com que aconteça.
Ainda que á distância de uma flor,
Não a vê, mas desencaminha
O amor,
Sim, o amor experimentou...

Caos...



Que é o caos
senão acontecimentos aleatórios
anarquia
por vezes também a própria vida
se transforma em caos
desgovernada não lhe sentimos o pulso
céu pinta-te de negro
quando ainda o olhamos cinzento
outrora azul cristal
de um coração amargurado
bombeiam-se insipidamente jactos de sangue
lágrimas no olhar
no caos do viver
sentir a vida para lá de um negro tão preto
pinta-lo a belo prazer
no caos reaprender...

Enredo...




Enredo de um sonho
Não o ousei sequer por ti sonhar
Rebuliço do amor
Ousado sem ti não serei
Ladainha o agora diz que disse
Algo não sou nem serei
Dói sentir-te assim amargurada
Ouvido perdoei
Todavia hora se faz tarde
Ousada a ti pedi
Acompanha-me nesta jornada
Leva-me
Haverá amor em ti
Amor teu corpo percorrerei
Bocejo então cansado
Remoído do nosso amar
Aquela que amei
Na cama em deleite ao meu lado
Conchinha agora urge
Amar é ousadia afortunado te amarei...

Be happy...




Felicidade
São momentos
Vive-os humildemente, com mestria e sabedoria
Tudo o mais
Daqui a pouco é passado...


Inacabado...



Como as marés
Sol que se põe e que nasce
Flor desabrocha
Alegria se fez dor
Céu minha estrela
Fazes da chuva o meu beber
Orvalho minha pele
Corpo meu calor
De teu ser meu desejo
Tua carne o prazer
Saudades de te ler nos olhos o infinito
Inacabado…




Silencio...




O silencio,
ainda que misteriosamente
tem o seu próprio
ruido...