VIAGEM...



A roupa que trago no corpo…
Carrega comigo um sentir,
Transborda de mim liberdade,
Das cinzas sinto o renascer,
Do ser que tentava não ser,
O eu que escondia, para não ver.
A roupa que trago no corpo…
Do alto daquela montanha sinto,
O ar rafeiro que me preenche,
O doce cheiro da cerejeira.
A roupa que trago no corpo…
Tão perto do rio me sinto,
A paz interior estou a sentir,
A brisa nas folhas das arvores,
Mergulho num novo sentir.
A roupa que trago no corpo…
Bem lá do alto do miradouro,
As luzes que iluminam a cidade,
O meu corpo sinto invadido,
Uma nova luz me espera na vida.
A roupa que trago no corpo…
Já não sinto este cheiro suado,
O odor que me corre nas veias,
Um novo cheiro a perfumado,
Já não sinto a roupa no corpo.
A roupa que trago no corpo…
Ainda é a mesma nesta viagem,
Já nem na pele lhe sinto o peso,
Sai a nu desta viagem,
Renascido,

Dou início a uma nova viagem…

Momentos…



Momento,
Imperfeito na vida.
Apenas,
Não estas presente.
Caminho praia fora,
Sinto a chuva,
Que cai sobre mim.
Uma lagrima,
Que se liberta,
É a saudade,
Que sinto por ti,
Um Momento perfeito.
Tão só uma musica,
Fez-me sentir-te em mim,
Assim é o amor,
Assim é gostar de ti,
Assim é procurar-te,
Todos os dias,

Em mim…..

Hoje…


Hoje adormeci diferente…
Olhei para lá do mar, o horizonte,
A brisa que passa,
Neblina que fica,
O Luar…
O som magico das ondas,
Irrompe janela a dentro,
Esta melodia do rebentar das ondas.
Já hoje adormeci diferente…
Vejo-te ali,
Ou será tão só e apenas ilusão,
Ilusão que quero sentir em mim.
Como onda do mar,
Este sentir que me transporta,
Para lá do Horizonte…
Em meus olhos vejo-te aqui.
Cansados.
Já hoje adormeci diferente…
Amanha, sei, um novo olhar,
Seguramente estará diferente,
Já hoje, contigo adormeci…
Amanhã, sei, irei sorrir…

Amanhã…
Sei, irei lembrar-me de ti.


Co Autoria: Ana Parente