VIAGEM...



A roupa que trago no corpo…
Carrega comigo um sentir,
Transborda de mim liberdade,
Das cinzas sinto o renascer,
Do ser que tentava não ser,
O eu que escondia, para não ver.
A roupa que trago no corpo…
Do alto daquela montanha sinto,
O ar rafeiro que me preenche,
O doce cheiro da cerejeira.
A roupa que trago no corpo…
Tão perto do rio me sinto,
A paz interior estou a sentir,
A brisa nas folhas das arvores,
Mergulho num novo sentir.
A roupa que trago no corpo…
Bem lá do alto do miradouro,
As luzes que iluminam a cidade,
O meu corpo sinto invadido,
Uma nova luz me espera na vida.
A roupa que trago no corpo…
Já não sinto este cheiro suado,
O odor que me corre nas veias,
Um novo cheiro a perfumado,
Já não sinto a roupa no corpo.
A roupa que trago no corpo…
Ainda é a mesma nesta viagem,
Já nem na pele lhe sinto o peso,
Sai a nu desta viagem,
Renascido,

Dou início a uma nova viagem…