De que matéria são feitos os sonhos,
Se não tivermos o desejo de os realizar?
Sonhei ser doutor, no oficio do amor,
Em tão mítica universidade me inscrevi…
Uma teia complexa de disciplinas,
Mistérios ocultos do primeiro sentir,
À química da chama, aulas de paixão,
Não aprendi porque sente o coração…
Experimentei as aulas de partilha,
Beijo, doce desejo, sentir de um olhar,
Cumplicidade, eram aulas de teoria,
Em laboratório, nada parece resultar…
Já na cadeira das saudades,
Num velho manuscrito, encontrei escrito,
“Coração chora, sendo o seu fruto, lagrimas”,
Só não explica, a ausência, a dor, o vazio…
Universidade da vida, ofício não é o amor,
Não me formei, jamais serei doutor,
Sonho, esperança de contigo o aprender,
Asas ao vento, uma arte, encantos do amor…
