De seu nome Maria...


        
Manhã de domingo,
O acordar sabe sempre tão bem!
Com o meu vício... O mar!
Uma paixão! A minha perdição.
A minha forma de relaxamento,
Um olhar o horizonte que me identifica...
Um querer sorrir sempre,
Mesmo aquando das vicissitudes…
Caminho, de perfil elegante,
Seguindo as pedras da calçada,
O vestido, que é curto.
O sapato de salto alto que acompanha,
Cabelos soltos ao vento,
Gosto deles como eu, selvagens!
Caminho, e pinto um retrato do meu ser…
Desenho...
Numa tela do tamanho do mundo…
Um simples traço colorido!
Este traço repleto de sentimentos,
Sei, não caminha só.
Sinto-o como parte de um todo,
O meu sorrir uma estrela p’ra vida,
Uma partilha daquilo que sou!...

 

Sempre.…

 
Ela entrou e sorriu para mim,
por entre a porta meio aberta,
cabelo solto, aspeto selvagem,
de olhar suave mas cativante,
o seu respirar ainda ofegante.
Levemente caminha até mim,
linhas esguias, curvas perfeitas,
o seu corpo nu ainda molhado,
sob a sua pele sedosa e macia,
gotas de agua desconcertantes ,
Sentada ao fundo da cama,
de costas voltadas para mim,
descubro um sorriso rasgado,
aquele espelho jamais mente,
sinto prazer no seu olhar feliz.
Amor no seu olhar transparece,
e liberta dos seus poros perfume,
ar que respiro e me enlouquece,
quero levar bem dentro de mim.

Até já....


 
No recanto do meu silencio,
Procuro em cada raio sol,
Uma lembrança de ti.
Mergulho neste precipício,
Neste mar de agua gelada,
Procuro em cada nova onda,
Palavras…
Que te sequem as lagrimas,
Aqueçam o bater do teu coração,
Como estes raios de sol.
Me aquecem os pensamentos,
E deixo que transpirem de mim,
Que a corrente os transporte,
Para longe da minha vista,
Mas, para bem perto de ti.
Estas palavras que o mar me levou,
E que a saudade transformará,
São como que, parte de mim.
Pequenos e finos cristais doces.
Em mim agora, o tempo parou,
Sei, talvez o não sei,
Porquê?
Apago a luz, fecho os olhos, 

Até já….