Sais-te apressadamente….



Hoje, esqueceste-te de mim...
Sob esta chama de lume brando…
Continuo a derreter para ti...
Incandescente fogo da nossa paixão…
Onde estas paixão da minha vida?
Hoje, o meu olhar,
Ainda não se cruzou com o teu...
Sais-te apressadamente,
Sem me dizer até já,
O teu cheiro ficou em mim,
Teu perfume retido nos meus poros,
Embrenhado no corpo do meu ser,
Depois desta noite quente de prazer…
Hoje, esqueceste-te de mim aqui,
Mergulhado nos lençóis de seda,
Por minutos fiquei retido,
Pensamentos dos nossos momentos,
A campainha toca, abro a porta…
Alguém, não sei quem, de caixa na mão…
A mais bela das Rosas,
Sim reconheço, um os teus lenços,
Porque me enviarias tu nele,
Uma caixa de fósforos?
“Desculpa, sai apressadamente,
Comigo só trouxe o teu cheiro,
Ainda hoje não olhei nos teus olhos,
Neles vejo o fogo da nossa paixão…
Se preciso, usa os fósforos,
Não deixes que a chama se apague,
Chama do nosso amor e paixão…”
 

 

Sussurro ao vento...



Passei a manhã a pensar em ti…
Perguntei-me,
O porquê de te trazer no meu ser?
Este sentir, que me leva e arrepia,
O latejar quente do sangue,
Que me correr nas veias,
Explodindo, querendo sair de mim.
Perguntei ao vento por ti,
Sussurrei-lhes amáveis palavras,
Palavras de amor e carinho,
Entreguei-lhe o meu ser,
Deixei que leva-se a minha alma,
Na esperança, de chegar até ti.
Um desejo, um sentir, um arrepio…
E o vento na volta sussurrou-me,
Obrigado meu amor,
Tão doces palavras de ti recebi,
Ao vento pedi que te disse-se,
Sim, também te amo…
Também estou a pensar em ti,
Agora, fecha os olhos ao vento,
Não perguntes, sente,
O beijo que estou a dar em ti…
 

Apenas, não é o fim...



Nos nossos dias mais difíceis,
O sol espreita, veem para nos animar…
Os amigos florescem,
E fazem-nos sorrir...
Acompanham-nos em mais um dia,
Em mais uma difícil tarefa,
Apenas nos acompanham…
Ouvem os gritos do nosso ser,
O bracejar dos nossos corações,
Olham,
No profundo dos nossos olhos...
Não precisam haver palavras,
Ouvem os soluços calados,
Vindos de dentro do nosso ser…
Caminham a nosso lado,
Simplesmente nos acompanham,
Levam-nos, para bem longe…
Mostrando-nos o seu interior,
E com ele nos levam,
Na direção do por do sol…
 
Que as estrelas os iluminem,
Que o sol lhes sorria, amanhã…
 

Desfazer de um laço…



O desejo, de desfazer um laço...
Para que o possas colocar em mim,
No meu corpo,
Que veste de um Rosa pálido...
Hum...transporta-me para la do sentir,
Venda-me os olhos com a fita de cetim,
Prende-me os movimentos…
Prende-me o corpo neste nosso sentir,
Sinto, o contacto dos teus dedos,
Na minha face…
O teu respirar sinto ofegante,
Os teus lábios sinto colados nos meus,
No misterioso jogo da sedução…
O teu respirar ofegante pressinto,
Sinto, bem perto do meu peito,
E penetra na minha pele,
Dentro do meu ser sinto o estremecer,
Do querer ser, o teu doce ser…
Do mistério que é este nosso seduzir,
E me transporta para lá do ser único.
Desprovido dos meus movimentos,
O teu ser sinto dentro do meu,
A fusão para lá do perfeita,
O impensável dos corpos fundidos,
Num único e tão desejável sentir...
O desejo, de desfazer este laço,
Olhar para ti, simplesmente sorrir,
Um olhar, irrepreensível, sentido,
Olhar olhos nos olhos, este único ser,
Que é o nosso amor…
 

Almas ao desalento…



Lanças caídas do céu,
Que molham os rostos incomuns,
E cortam sem piedade as almas ao desalento.
Para muitos a chuva, apenas molha,
Para outros a chuva gera tristeza.
Mas sempre espreança, verde da vida.
Sim, caminho, apenas caminho,
Com prazer pela chuva...
E recordo eternos momentos,
Aqueles que por aqui sonhamos.
Vivemos deitados, olhando as nuvens...
Sentindo as suaves lanças caídas do céu...
Lanças! Que outrora foram penas delicadas,
Que me faziam cocegas no rosto.
Hoje, a minha alma desalentada,
Apenas recorda...
E percorre caminhos ocultos,
Vidas alheias na tentativa de se reencontrar,
A cada passo a chuva cai,
E as penas do passado tornam-se lanças,
Mas tu permaneces distante...
Não a meu bem-querer, mas esperando…
Que a chuva passe,
E que um novo dia de sol te traga para mim,
Para que sintas, não penas no teu rosto,
Mas as minhas mãos, em tua pele suave...
E contigo partilhar mais esta alegria,
Esta alegre lagrima de saudade...

 
Co-autoria: Violet

Impulso...



Quando!..
Se contempla uma Rosa,
E a mesma se transforma,
Em objeto de desejo...
A sedução é o simples ato de,
Fazer florescer essa rosa.
E o segredo da sedução...
Para lá de um lenço branco...
A dança de um olhar...
Profundo e penetrante,
Para lá do sentir o querer...
Dançar...
Uma Valsa a dois,
A dança entre dois corpos, suados,
Molhados a seu belo prazer,
O saber sentir a dança,
Sentir o impulso da paixão.
O impulso dos desejos...
Segredos de um anjo...
 

There are no days, there are no nights...


Todos os momentos são o presente,
Aqueles que trazemos na memória,
There are no days, there are no nights.
 
Acordei com o nascer do sol, raios luz,
Que emergem por trás da montanha.
O céu rasgado de cor, incandescente,
As palavras que escrevo não têm som,
Não espelham a beleza deste emergir,
A sinfonia gerada pelo melro a cantar,
Mais um momento que é só presente.
 
Pela janela da sala, entoam cânticos,
Leve brisa, acompanhada de neblina,
O céu rasgado de cor, incandescente,
Meu doce dia, tu que estás a acabar,
De manha para ti ri, sorri e pensei,
Viverei, chorarei se tiver de chorar,
As Lagrimas que me caíram do rosto,
Jamais ficarão esquecidas, eu sei…
Sentirei cada momento intensamente.
 
Sorrio…Para ti, minha vida presente! 
O silêncio da noite acabou com tudo…
Amanhã!..Serão as minhas memórias.