Lanças caídas do
céu,
Que molham os
rostos incomuns,
E cortam sem
piedade as almas ao desalento.
Para muitos a
chuva, apenas molha,
Para outros a
chuva gera tristeza.
Mas sempre espreança, verde da vida.
Sim, caminho,
apenas caminho,
Com prazer pela
chuva...
E recordo eternos
momentos,
Aqueles que por
aqui sonhamos.
Vivemos deitados,
olhando as nuvens...
Sentindo as suaves
lanças caídas do céu...
Lanças! Que
outrora foram penas delicadas,
Que me faziam
cocegas no rosto.
Hoje, a minha
alma desalentada,
Apenas recorda...
E percorre
caminhos ocultos,
Vidas alheias na
tentativa de se reencontrar,
A cada passo a
chuva cai,
E as penas do
passado tornam-se lanças,
Mas tu permaneces
distante...
Não a meu bem-querer,
mas esperando…
Que a chuva passe,
E que um novo dia
de sol te traga para mim,
Para que sintas,
não penas no teu rosto,
Mas as minhas
mãos, em tua pele suave...
E contigo
partilhar mais esta alegria,
Esta alegre lagrima
de saudade...