Grãos de areia....



Carrego-vos nas mãos grãos de areia…
E por entre os dedos vos sinto cair,
Suavemente,
Como o tempo que passa devagar,
Esvanece-se e fico reduzido a nada.
O tempo passa, o tempo passa....
Um outro punhado de grãos de areia,
Que voltará a esvanecer-se suavemente.
Sinto, o meu tempo que passa,
Sinto, saudade do nosso tempo.
A cada grão de areia um novo sentir,
Em cada grão de areia um pouco de ti,
Sinto partir.
A cada novo grão de areia que se vai,
Em milhares o mar a rocha vai partir,
A cada novo grão de areia,
Sei, surgirá mais um pouco de ti.
Serei eu este mar que a rocha vai partir,
Serei eu este mar?....
Serei eu este mar?....