À hora marcada,
Sentado, no banco, esperei por ti,
Sim, esperei,
Não foi hora, foi dia sem fim, esperei,
Sem palavra de ti.
Já não havia lua, o sol não me aqueceu,
Gaivotas minha companhia,
Em cada uma via, um vislumbre de ti,
Preenchem-me as nuvens, alimento da alma,
Algodão doce, memórias de ti,
Esperei, por ninguém, esperava-te a ti,
Interminável, senti o dia,
Esqueci o vazio do silencio, no
horizonte,
Levantei-me,
E parti.
Sem magoa em mim, ou magoa de ti,
Perguntei-me:
- Ter-me-ei enganado, no banco do teu
jardim?
Se sim, perdoa-me a tua espera,
Por ninguém, na tua espera por mim…
…